O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), rebateu hoje
(7) as declarações da presidenta Dilma Rousseff de que as tentativas de interrupção do seu mandato são “luta política” e “um tanto quanto golpista”. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Dilma disse também que não teme possíveis pedidos de impeachment feitos por partidos de oposição e descartou qualquer possibilidade de renúncia.
“Tudo
que contraria o PT e os interesses do PT é golpe! Na verdade, o
discurso golpista é o do PT, que não reconhece os instrumentos de
fiscalização e de representação da sociedade em uma democracia. O
discurso golpista do PT tem claramente o objetivo de constranger e
inibir instituições legítimas, que cumprem plenamente seu papel”, disse
Aécio, em nota.
Para o tucano, o discurso da presidenta e
de seus aliados “nada mais é do que parte de uma estratégia planejada
para inibir a ação das instituições e da imprensa brasileiras no momento
em que pesam sobre a presidenta da República e sobre seu partido
denúncias da maior gravidade”.
O líder do governo na
Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), rebateu as críticas do
senador. “O Aécio é o porta-voz do golpe. Deveria, pelo menos, honrar a
história do seu avô [Tancredo Neves].”
Depois de reunião
com o vice-presidente Michel Temer, os presidentes e líderes de
partidos da base aliada no Congresso Nacional reafirmaram o apoio à
presidenta Dilma e a Temer após o discurso dos líderes oposicionistas
sobre possíveis pedidos de impeachment. Durante convenção do partido, no domingo (5), Aécio disse que o governo Dilma “pode ser mais breve do que alguns imaginam”.
Agência Brasil