Inflação elevada, crédito restrito e desemprego crescente são as motivações para o encolhimento do poder de compra mensal das famílias brasileiras. Em queda pela primeira vez desde 2003, o índice de perda chega a R$ 16 bilhões neste ano. Estudo da consultoria Tendências obtido pela Folha mostra que o poder de compra das famílias foi de R$ 240 bilhões na média mensal de janeiro a maio. Em comparação ao mesmo período de 2014, houve queda de 6,2%. Em maio, o poder de compra estava em R$ 229 bilhões, o que representava um retrocesso ao patamar de janeiro de 2012 (R$ 228,5 bilhões). Para chegar aos números, a consultoria considera a massa de renda (inclusive da previdência) descontando a inflação, a oferta de crédito (com imobiliário) e os gastos das famílias com pagamento de dívidas. As projeções da Tendências indicam recuo de 6,1%, em comparação com 2014, no poder de compra até o final do ano. Em 2016, com a expectativa de desaceleração da inflação, o índice pode ter pequeno aumento de 0,06%.
.png)
