O coreano fez um apelo, o primeiro em relação ao Brasil em quase dez anos de seu comando da ONU e uma atitude rara nos contatos das Nações Unidas com o País. “Peço que os líderes adotem soluções harmoniosas e tranquilas “, declarou. ” Sei que é um desafio que o País vive. Mas acho que vão conseguir superar “, disse. Ban, que por anos apostou no Brasil e em outros governos emergentes para fortalecer o sistema multilateral, agora rompe seu silêncio e alerta para a crise. Na cúpula da entidade, a preocupação é de que o impasse político no Brasil possa contaminar outros governos da região onde processos democráticos ainda frágeis poderiam ser minados.
No início de março, o secretário de Direitos Humanos, Rogério Sottili, afirmou que, em encontros com a ONU em Genebra, chegou a falar sobre a crise vivida pelo País. Seu tom foi, acima de tudo, o de mostrar que a questão de direitos humanos está ligada com o clima que vive o País. ” Eu não poderia ignorar a situação que o Brasil vive hoje “, disse. Ao falar com jornalistas brasileiros na ocasião, Sottili ensaiou uma crítica à imprensa, dizendo que a ONU parece saber ” mais do Brasil que muitos brasileiros”. “Acho que aqui a informação chega de forma mais qualificada “, ironizou.