CUNHA RECORRE CONTRA AÇÃO DE SUA CASSAÇÃO


Logo após ser notificado do seguimento do processo de quebra de decoro parlamentar que corre contra ele no Conselho de Ética, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), protocolou nesta quarta-feira, 6, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) recurso contra a aprovação do parecer do relator da ação, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), pela admissibilidade da ação no colegiado. No documento de 54 páginas, Cunha pede a suspensão da tramitação do processo. Ele também faz outros 11 pedidos. O peemedebista requer, por exemplo, que sejam anulados o sorteio pelo qual escolheu-se o relator e a tramitação da ação porque os votos em separado de dois integrantes de sua tropa de choque não foram considerados. Cunha pede também que seja reconhecido o cerceamento de sua defesa, que o presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), seja afastado até que duas questões de ordem apresentadas por aliados dele sejam respondidas. Ele também pede que o voto de Araújo, que desempatou a votação da admissibilidade do processo, seja considerado branco. Por fim, Cunha pede que seja reconhecido o impedimento de Araújo e a consequente anulação de todo os seus atos. No recurso, Cunha acusa “fraude regimental” no parecer aprovado no início de março. Para a defesa do presidente da Câmara, o relator não acatou verdadeiramente solicitação do deputado Paulo Azi (DEM-BA), que, para votar a favor do parecer, cobrou um abrandamento do texto.