Apex-Brasil e IEL, lançam, na Abapa, Peiex - Núcleo Especializado do Algodão


A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) sediou, nesta quarta-feira, 29 de março, o lançamento do Peiex - Núcleo Especializado do Algodão, uma consultoria técnica conduzida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL). O evento aconteceu no Centro de Treinamento da associação, em Luís Eduardo Magalhães, com a presença de produtores e representantes das áreas de comercialização das empresas cotonicultoras, que buscam aprimorar os conhecimentos em exportação da pluma. O presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, foi representado na ocasião pelo 2º vice-presidente da entidade, Paulo Schmidt.

As exportações representam pelo menos 60% do destino do algodão produzido no Oeste da Bahia, e, pela complexidade das negociações externas, a quase totalidade das transações são intermediadas por tradings, empresas que, além do conhecimento dos elos da cadeia de oferta e demanda, tomam grande parte do risco nas operações.

A consultoria, no escopo do Peiex, foi adaptada à realidade do algodão da Bahia. O objetivo é difundir conhecimento sobre as transações com a fibra no mercado externo, não como estratégia para substituir o trabalho das tradings, mas para fundamentar as decisões dos cotonicultores mesmo nas negociações intermediadas por elas.


“A ideia deste serviço é permitir que os participantes passem por uma trilha de conhecimento de todo o processo de exportação, para que, em um momento oportuno, eles tenham a capacidade necessária para se inserir na dinâmica do mercado exportador”, explica Marco Antônio Cordeiro Ferreira, coordenador do IEL e do Núcleo Especializado do Algodão da Apex-Brasil.

Para o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergmaschi, entender sobre o mercado e os mecanismos de comercialização da fibra pode ter impacto direto na rentabilidade do produtor. “Não adianta ele fazer tudo certo na fazenda, se errar na hora de vender. O algodão é uma commodity e, como tal, tem margem de lucro muito estreita. Por isso, o conhecimento é fundamental para a tomada correta de decisões. As operações de exportação de algodão não são tarefas para amadores, mas, até para entregar o algodão para a trading, é preciso ter muito conhecimento de mercado”, afirmou Bergamaschi, lembrando a parceria de sucesso entre a Apex-Brasil, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), no projeto de promoção da pluma no mercado externo, o Cotton Brazil.

O lançamento teve a participação do gerente financeiro da Abrapa, Francisco Alves Júnior, detalhando o Cotton Brazil, que mantém um escritório de representação, estrategicamente posicionado, em Singapura. “Explicamos quais são as iniciativas, posicionamentos e destinos em que atuamos, para que os futuros qualificados possam ter uma visão geral da demanda externa, hoje concentrada na Ásia, e sobre o que tem sido feito para expandir o mercado para o algodão brasileiro”, detalhou Júnior.

Responsável pela algodoeira Zanotto Cotton, Leandro Henrique Moreira estava entre os presentes ao lançamento e destacou a importância da palestra. “Esta é mais uma iniciativa muito útil da Abapa, pois com a consultoria ganhamos expertise para negociar e isso faz diferença”, explica. Durante a segunda parte da programação, os representantes do IEL, da Apex-Brasil e da Abrapa conheceram as instalações do Centro de Análise de Fibras da Abapa, em LEM.