Turmas lotadas nos três dias de treinamento de inspetores de UBA na Bahia


As algodoeiras baianas e do Matopiba aderiram em peso à capacitação de inspetores de Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA), conduzida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) ­– o Serviço de Controle Autorizado do Mapa (SCA) – com supervisão da Superintendência Federal de Agricultura do Distrito Federal (SFA/DF) e aprovação do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Foram 120 participantes, que se alternaram, em três dias de curso, no Centro de Treinamento da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), em Luís Eduardo Magalhães/BA. Ao final do curso, os inspetores passaram por uma avaliação, e os que não conseguiram atingir a média de seis pontos, precisarão refazer o treinamento.


“Fizemos um grande esforço para mobilizar as algodoeiras do Oeste da Bahia, Maranhão, Tocantins e Piauí. O Brasil evoluiu em qualidade de fibra, em sustentabilidade, e, cada dia mais, vem trabalhando para aumentar a credibilidade do seu algodão, mostrando que nossos processos são transparentes e fidedignos. A Bahia, o segundo maior produtor de algodão do país, tem um perfil de cotonicultor proativo e que entende o seu papel. Esta é a razão do sucesso do treinamento aqui no estado”, afirmou Luiz Carlos Bergamaschi.


A capacitação de inspetores de UBA faz parte dos requisitos para a implementação do Programa de Autocontrole para a Certificação de Conformidade da Qualidade do Algodão Brasileiro, também conhecido como Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro. Os inspetores de UBA são funcionários designados e treinados para alimentar as informações referentes às amostras e fardos no Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e SBRHVI, cumprindo os processos determinados pela IN24 e padrões de análises internacionais, que são a base para Mapa expedir a certificação.


De acordo com a diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, embora o programa seja novo e algumas inovações no âmbito da algodoeira tenham sido acrescentadas, como os lacres das “malas” que contêm as amostras de algodão, a iniciativa tem como base uma legislação já existente, que tem como principais diretrizes a Instrução Normativa nº 24, publicada em 2016, e a Portaria 375, que é de 2021.

A certificação oficial assegura que a amostra retirada do fardo corresponde a ele, está devidamente identificada e foi produzida nas dimensões determinadas pela IN24. Da mesma forma, garante que a análise instrumental da amostra foi feita de acordo com as normas internacionais e é, portanto, confiável. “A Abrapa vem, há mais de dois anos, trabalhando em parceria com o Ministério da Agricultura em prol da certificação oficial, nos mesmos patamares da que é realizada pelo USDA. O que esperamos, nesses mais de 20 anos de existência da associação, é que nosso algodão tenha o reconhecimento, em relação à qualidade da análise, dos nossos dois maiores concorrentes, os Estados Unidos e a Austrália. Isso impacta no seu posicionamento nos mercados, tanto internacional quanto nacional”, afirmou.