Corrida do Algodão da Abapa mobilizou atletas de todo o país, em Luís Eduardo Magalhães


Com o tema “Laços fortes além da pista”, a Corrida do Algodão, promovida pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), chegou à quinta edição, reunindo milhares de pessoas, no município de Luís Eduardo Magalhães (LEM), na Bahia, para celebrar o esporte e a fibra ajuda a movimentar não só a economia, como a cultura e o desenvolvimento social na região. As provas aconteceram na sexta-feira (18) e no sábado (19), com categorias e modalidades para os mais diversos públicos.


No primeiro dia, também foi realizado o “Aquece Corrida”, um bate-papo com corredores experientes e, também, um momento para a organização da prova detalhar as regras e orientar os competidores. Entre corredores, torcida e pessoas que foram apenas para assistir, a organização estima que foram em torno de 1,5 mil e 4 mil, nos dois dias, respectivamente. Para a realização das provas, a Abapa montou uma grande estrutura na praça Dirceu Montani Filho, em LEM, com ambientes especiais para os atletas e as famílias.


A qualidade da organização da prova surpreendeu a corredora Senara Almeida da Silva, de 30 anos, que saiu de Brasília para participar, e faturou o primeiro lugar, na prova de 10 quilômetros da categoria Geral e modalidade Feminino. “Foi a minha primeira vez na Corrida do Algodão, um evento inovador na estrutura e organização. Me senti abraçada e fiquei encantada com a hospitalidade das pessoas”, conta a atleta. Ela afirma que começou a correr atendendo a um “chamado” do próprio corpo, quatro anos atrás. “senti necessidade de praticar um esporte e recomendo a qualquer um para fazer o mesmo, começando devagar”, diz Senara, que já participou de diversas meia maratonas no país.


Visibilidade

Para muitos que participaram da Corrida do Algodão, chegar em primeiro importava menos do que levar para além do pódio a sua mensagem. É o caso de Otoni de Jesus Gomes, de 53 anos, dos quais, 26 a bordo de uma cadeira de rodas. Ele cruzou, em quinto lugar, a faixa de chegada, na categoria PCD (Pessoa com Deficiência). “Esta é a segunda vez que participo desta competição, e a importância dela, para mim, é mostrar que nós, PCDs, existimos e precisamos ser considerados, ouvidos”, explica. Nas pistas como na vida, Otoni não para. “Sou produtor de bananas no distrito irrigado Barreiras Norte, dirijo e trabalho muito. Me considero alguém muito ativo”, revela o atleta, que ainda tem tempo para priorizar em sua agenda as demandas de presidente da Associação das Pessoas com Necessidades Especiais de Barreiras (Apneb).

Gratidão

“Meu coração não cabe de tanta gratidão por ver o sucesso do evento este ano”, diz Alessandra Zanotto, idealizadora da Corrida do Algodão 2023 e vice-presidente da Abapa. “Vimos um sonho virar projeto, sair do papel, e agora, se consolidar. A cada ano, nos surpreendemos, não apenas pelo número de inscritos e participantes, mas pela segurança, organização e precisão em cada detalhe. Foi lindo”, emociona-se.

O presidente da Abapa enfatiza a satisfação de realizar o evento. “É impressionante o engajamento da comunidade e mesmo dos atletas de fora ao evento. Isso é um reflexo do poder aglutinador do algodão, esta fibra que faz parte do dia a dia das pessoas, mesmo daquelas que não percebem que fazem parte de uma enorme cadeia produtiva. O algodão também prova que pode ser o tecido dos esportes, como uma fibra confortável, que deixa a pele respirar, e as nossas camisetas da prova mostraram isso muito bem”, concluiu Bergamaschi, agradecendo aos patrocinadores, apoiadores e à equipe de organização da prova.

Para conferir os resultados da corrida do algodão, acesse:

https://www.oestechip.com.br/resultado/Corrida-do-Algodao-2023